Minha pele, queimada, pronta para mais uma rodada de afiadas questões.
Como os riscos em seu corpo, de estigmas me fiz. Encarei e, como numa lufada de vento, me levantei.
Junto ao resto de coragem que encontrei, lancei-me ao olhar alheio pronta para o pré-julgamento e temendo o pior.
E, quando a surpresa se atira em sua face traçada e abatida, tudo intrinca-se com intensidade múltipla.
Na ranhura da pele escoriada onde escondi meus medos e impulsos, senti um toque acolhedor e com uma leve abertura, tudo se expandiu.
Explosão interna
Tudo demais, tudo de nada
Quando nada se espera, nada se faz e tudo se transforma, sobras parecem banquete.
Ao olhar pobre do inexistente capricho iludido e criado, tudo o que enche, alimenta.
Dentre todos, nas rachaduras, apesar de encaixadas, e no brilho que enganosamente achei vir de seus olhos
Me deixei.
Princípios alheados, esquecidos.
Intensidade,
Momentos curtos, pedaços pequenos e grandes migalhas, expectativas e distância.
Naquele ambiente, junto àquilo, junto ao calor e ao vento. Me senti viva
Talvez o erro esteja nele presente.
Sentir o sangue e a vida, sentir e confundir no doce olhar onde copiosamente caí.
Sentir e falhar, sentir e faltar, o máximo que farei.
Nesse dia, onde naquele lugar pensei que meu conjunto atômico se faria presente junto àquele novamente.
Deixo em mim, viver
Deixo viver a vida, a dúvida e a certeza.
Deixo na lei falsa e na atração que ela rege, deixo nela minha esperança.
- destino – rachado como aquela pele.
____________
04.09.2021
A. Tiemi Yokoyama
.png)
Comentários
Postar um comentário