Ó Leocádia



Ó Leocádia, que o mar a vida lhe deu

Ó Leocádia, que à morbidez infeliz cedeu
Marujo ao mar, poeta ao céu
Ao horizonte recita seu eu

Ó Leocádia, infortunado deixara o seu.
Marujo que foge do mar
E que as estrofes perdeu
Ó Leocádia, o soneto já não é meu

Marinheiro poeta se fez breu
E no mar o amor se estendeu
Tão vasto como um oceano

Tão curto como um meridiano
Ó Leocádia, o amor adoeceu
Ó Leocádia, junto às águas desfaleceu

13.08.2020
A. Tiemi Yokoyama
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Esse soneto foi inspirado na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.

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